Biologia em pauta

Apesar da boa oferta, no Brasil ainda é raro o hábito de se alimentar de insetos


17 de outubro de 2018 - Pesquisadores da Universidade do Rio Grande do Sul anunciaram, recentemente, a produção de um pão elaborado com farinha de barata desidratada. Eles utilizaram insetos adequados para isso, as chamadas baratas cinéria (Nauphoeta cinérea), que são de origem africana, produzidas em cativeiro e liberadas para consumo humano. “São insetos riquíssimos em proteína, tanto ou mais do que encontramos em um pedaço de carne”, diz o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).


Embora não seja comum no Brasil, a prática de ingerir insetos, denominada entomofagia, é um hábito normal em mais de 100 países pelo mundo. Na Nigéria, por exemplo, calcula-se que quase 75% da população consumam insetos em suas refeições. De acordo com a FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, em todo o planeta, mais de 2 bilhões de pessoas se alimentam deles. E estima-se que no mundo há, aproximadamente, duas mil espécies de insetos comestíveis.


Estudos apontam que entre as espécies mais consumidas estão os besouros, as lagartas de mariposas ou de borboleta, vespas e formigas, seguidos de gafanhotos, grilos, cigarras e percevejos. No entanto, o Biólogo alerta que o consumo deve ser feito de forma segura. “Não se pode sair caçando insetos e degustando, pois há risco de contaminação, de contrair alguma doença. Existem insetos criados especialmente para esse fim, utilizados de forma correta por empresas e profissionais responsáveis”, conclui o membro do CRBio-01.


No Brasil, dados da Abrasci – Associação Brasileira de Criadores de Insetos indicam que o país conta com a maior biodiversidade de insetos comestíveis (135), divididos em 9 ordens, 23 famílias, 47 gêneros e 95 espécies.


Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01

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