Biologia em pauta

Crime ambiental, soltar balões oferece sérios danos à natureza

10 de Maio de 2016 - Com a proximidade das festas de São João, durante o mês de Junho, o risco de incêndios provocados por balões aumenta consideravelmente. Estima-se até 30% a mais de casos nessa época do ano. “São inúmeros os danos que a queda de um balão pode provocar. De incêndios de grandes proporções em áreas urbanas a queimadas em áreas verdes de difícil combate, o fogo acaba provocando prejuízos incalculáveis às pessoas e também ao meio ambiente, à natureza”, diz o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).


De acordo com o Biólogo, as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causam empobrecimento do solo e reduzem a penetração de água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente. “Além da destruição que o incêndio provoca de imediato, o local atingido pelo fogo acaba sofrendo com outras sérias consequências. O desaparecimento de determinadas espécies, animal ou vegetal, pode acabar desencadeando outros problemas, ameaçando seriamente a nossa biodiversidade”, alerta Puorto.


Proibida desde 1998, a prática de soltar balões é considerada crime ambiental, com pena de até três anos de detenção e pagamento de multa. “No entanto, só a lei não inibe a ação dos baloeiros. Por isso, é importante maior rigor no combate à prática, principalmente por meio de denúncias, até mesmo em casos apenas de suspeita”, defende o Biólogo. As denúncias podem ser feitas anonimamente ao Corpo de Bombeiros, às prefeituras, às secretarias estaduais do Meio Ambiente e também ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).


Embora esses números não estejam relacionados exatamente à queda de balões, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil teve um aumento de 27,5% no número de queimadas, em 2015. No ano passado, foram detectados por satélites 235 mil pontos de calor, ante 184 mil de 2014. Mato Grosso, um dos estados da jurisdição do CRBio-01, ocupa a terceira posição da lista, ficando atrás do Pará e do Maranhão, com 32.984 focos de incêndio registrados em 2015. Mato Grosso do Sul aparece na 12ª posição, com 5.304 focos de incêndio registrados, e São Paulo na 17ª posição, com 1.984 registros.




Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01

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