Biologia em pauta

Atropelamentos matam 475 milhões de animais por ano

11 de Abril de 2016 - De acordo com relatório divulgado no início desse ano pelo Ministério do Meio Ambiente, o país tem atualmente uma lista com 1.173 espécies animais em risco de extinção. Porém, um número ainda mais assustador do que esse é a quantidade de animais silvestres que morrem por atropelamento nas rodovias de Norte a Sul do Brasil. São cerca de 475 milhões de mortes de animais, por ano, segundo o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE). Média de um óbito a cada 15 segundos.


“A expansão desenfreada das cidades e, consequentemente, a diminuição das florestas naturais, é a principal causa desse problema. As rotas, normalmente utilizadas, acabam sendo interrompidas e, em busca de alimentos, muitos animais acabam indo para além de seu habitat natural, chegam às áreas urbanas e se submetem a esse e outros riscos. Outro problema frequente são as queimadas, que acabam afugentando muitos bichos das matas. Por instinto de sobrevivência, fogem para onde podem”, diz Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).


Os pequenos vertebrados, como sapos, cobras e aves de menor porte, são as principais vítimas, representando quase 90% das mortes por atropelamento. Animais de médio porte, como gambás e macacos, cerca de 10%. De maior porte, como as onças, antas e lobos, 5%. “Os animais de menor porte, obviamente, são menos resistentes à colisão. Mas, entre os maiores, muitos acabam sendo resgatados com graves ferimentos para serem tratados. Não raramente, se tornam dependentes do homem para sobreviver”, conclui o Puorto.


No Congresso, um Projeto de Lei (466/2015) sobre morte de animais nas estradas, que conta também com o apoio da sociedade civil, está tramitando em regime de urgência. Entre outras propostas, o PL prevê a criação de passarelas ou pontes para a travessia dos animais e melhor sinalização nas estradas. Ele já foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Transportes da Câmara e agora segue para a Comissão de Meio Ambiente, com a expectativa de que seja votado já no início de abril.



Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01


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